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Priscilla Silva, repórter do GD

Cuiabá está entre as capitais que tem maior índice de fumantes do sexo masculino no Brasil, conforme dados mais recentes da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada pelo Ministério da Saúde. No dia em que se combate o tabagismo, 31 de maio, o médico cardiologista Roberto Candia fala sobre as doenças ocasionadas pelo hábito e mostra o caminho para quem pretende parar.

Com aproximadamente 700 mil habitantes, os homens fumantes da capital mato-grossense estão atrás apenas dos que residem em Porto Alegre e São Paulo. Em menos intensidade vêm às mulheres, sendo 8% da população.
Candia esclarece que o hábito traz transtornos à saúde que vão além do desenvolvimento de câncer no pulmão. Segundo ele, doenças cardiovasculares são as que mais matam. “Geralmente falamos muito do câncer, mas das doenças cardiovasculares, 30% são ocasionadas pelo cigarro”.

O médico também faz um alerta para o aumento do número de jovens fumantes. Dados da Organização Mundial da Saúde revelam que o tabagismo já é uma doença pediátrica, uma vez que cerca de 90% dos fumantes regulares começaram a fumar entre os 10 a 18 anos.

O especialista alerta para uma perda na qualidade de vida dessas pessoas, que passam a desenvolver doenças cardiovasculares trazendo limitações num período em que teriam maior produtividade e disposição física. “Conforme o tempo, essas pessoas têm uma série de alterações no organismo e quanto mais cedo ele começa a fumar mais cedo aparece às doenças. Então você tem uma população, que está na parte mais ativa, e já tem alterações pulmonares que desencadear um infarto”.

Abandonar o hábito
Existem muitos relatos de fumantes que tentam deixar o hábito, mas fracassam no final. Roberto Candia esclarece que é preciso combater as três vertentes, a dependência química, que é a nicotina; a psicológica que é a sensação de relaxamento e menos ansiedade; e a comportamental.

O especialista destaca que é importante que essas pessoas busquem ajuda médica que irá auxiliar no processo que deve ser tratado em três vertentes que dificulta parar de fumar.

“Para ter eficácia, primeira mente o paciente tem que querer deixar de fumar, depois temos medicamentos que auxiliam”.

Benefícios

Candia ainda descreve os benefícios ocasionados pela perda do hábito. “Às vezes falamos dos malefícios de fumar e os benefícios para quem deixa de fumar também precisa ser destacados. Quem para de fumar em um ano reduz a chance de ter um infarto em 50%, e depois de 10 anos, o risco se iguala a alguém que nunca fumou”. 
segunda-feira, 1 de junho de 2015 | 0 comentários |