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Os vereadores de Várzea Grande rejeitaram na sessão ordinária desta quarta-feira (26.02), o projeto de lei 006/2014, que tem como objetivo proibir realização de bailes “funk ostentação” e “funk proibidão”, em locais públicos de Várzea Grande. O projeto era de autoria da vereadora Mirian Pinheiro (PHS).
De acordo com fontes do VG Notícias, alguns vereadores, que já tinham decidido voltar a favor do projeto, voltaram atrás e decidiram votar contrária a aprovação da matéria. “Faltou diálogo da vereadora Mirian para votar esse projeto. Muitos até pensaram em votar a favor da matéria, mas na Câmara não se vota projeto no gogo e deu não que deu. A matéria não foi aprovada”, declarou a fonte.

A matéria foi rejeitado pelos parlamentares com 9 votos contrários,
 5 a favor e ainda houve quatro abstenções. Os vereadores que votaram contrário a matéria foram: Sumaia Leite (Solidariedade), Gidenor Anselmo – Gordo Goiano (PTB)-, Valdemir Bernadino – Nana (DEM)-, João Tertuliano – Joãozito (DEM)-, João Madureira (PSC), Leonardo Mayer (PROS), Claído Celestino – Ferrinho (PROS)-, Fábio Saad (PTC) e Chico Curvo (PSD).

Os vereadores que votaram a favor o projeto foram: Mirian Pinheiro (PHS), Ivan dos Santos – Ivan do PT (PT)-, Joaquim Antunes (PMDB), Miguel Baracat (PT) e Jânio Calistro (PMDB). Os parlamentares que se abstiveram de votar foram: Pery Taborelli (PV), Wanderley Cerqueira (PSD), Pedro Paulo Tolares – Pedrinho (PSD)-, e Hilton Gusmão (PROS), além do vereador e presidente da Câmara, Waldir Bento (PMDB) – que só vota em caso de empate.

Discussão sobre o projeto – O projeto de lei causou muita discussão entre os vereadores na sessão ordinária desta quarta-feira (26.02), uns defendendo a proposta, outros contrários alegando que o mesmo tiraria a liberdade de expressão e de escolha da sociedade principalmente dos jovens.
A vereadora Mirian (autora da matéria) reafirmou na tribuna, que a matéria não visava proibir a veiculação e nem bailes “funk ostentação” e “funk proibidão” na cidade, mas sim, uma forma de “obrigar” os organizadores destes eventos a realizá-los em locais adequados.
“Não sou contra o funk. Sou contra esse tipo de funk que vai contra os princípios da família brasileira. As letras dessas músicas são impróprias, indecorosas”, disse a parlamentar, garantindo que só elaborou o projeto porque é um clamor da sociedade várzea-grandense.

O vereador Fábio Saad disse ser contrário ao projeto, porque as pessoas são livres para escolher o que deseja ouvir e não caberia a eles (vereadores) privar a sociedade dessa liberdade de escolha.
“Se eu proibir isso, vou proibir o direito das pessoas escolherem o que querem ouvir. Eu não gosto deste tipo de música, alias, eu acho que é de péssima qualidade. Mas os jovens têm direito de se expressar, e de escolher, isso a gente não pode privá-los”, argumentou o parlamentar, que foi vaiado pelo público que acompanhava a sessão.
segunda-feira, 1 de junho de 2015 | 0 comentários |